Um bom conjunto de conselhos para os estudantes de jornalismo… e para os jornalistas que precisam de estudar.
(via Travessias Digitais)
Um bom conjunto de conselhos para os estudantes de jornalismo… e para os jornalistas que precisam de estudar.
(via Travessias Digitais)
Oxalá todos os “gigantes” fossem assim:
A Google lançou um portal chamado Literacy Project, destinado a conectar as organizações que promovem a literacia em todo o mundo.
(via Obercom)
À atenção de Alexandre Soares Silva: Nem tudo é mau no Brasil!
“Quem financia a baixaria é contra a cidadania“
O nome da campanha é excelente, os seus objectivos são louváveis e talvez devesse ser repetida por cá.
(dica Educação + Media)
PAIS AVALIAM PROFESSORES – Caso prático
Esta polémica a propósito da participação dos pais na avaliação dos professores parece-me cruzada por mal-entedidos gerados por campanhas corporativas, por um lado, e por ideias pré-concebidas, por outro.
No nosso sistema de ensino, o equilíbrio de poder dentro da sala de aula está anormalmente (e insanamente) deslocado para o lado do aluno. Mas isso não acontece porque os alunos tenham conquistado esse poder ou alguém lho tenha atribuído. Eles usurparam um poder que foi abandonado pelos professores. Quando um professor tem, pela sua personalidade, vocação para exercer autoridade, dificilmente perde o controlo da sala de aula. Mas quando não tem essa predisposição de personalidade é que ele precisa mais daquilo que nunca deve faltar a um professor, destes ou dos primeiros: as costas quentes. A autoridade do professor dentro da sala de aula não é pessoal; é delegada. Mais precisamente é delegada pelo sistema de ensino. Se, pela sua cadeia hierárquica e pelos seus mecanismos institucionais, o sistema de ensino não consegue proporcionar ao professor força suficiente para este usar na relação com os alunos, em muitos casos ele vai perder essa relação de forças. É inevitável. E isso acontece vezes demais em Portugal. Não é por excesso de protagonismo dos alunos, nem por defeito dos professores. É porque o sistema não funciona, neste como noutros aspectos.
Mas o facto de os alunos terem excesso de protagonismo no actual modo de funcionamento do sistema de ensino não significa que as suas famílias não devam participar na avaliação dos professores (e idealmente também das escolas). As duas coisas são independentes: uma coisa é a actual relação de poder dentro da sala de aula; outra é o modo como o sistema de ensino (em que o sistema de avaliação se integra) deve funcionar. Grande parte das reacções negativas à proposta governamental enferma desta ideia pre-concebida de que qualquer medida de reforce o poder dos alunos (ou dos alunos indirectamente através do pais) é desaconselhável. A questão verdadeiramente não é essa.
E se a questão for analisada por aquilo que ela verdadeiramente é – participação dos encarregados de educação no complexo processo de avaliação dos professores (e não "pais avaliam professores", como vi escrito em muitos sítios) – a medida não pode deixar de ser positiva. Basicamente porque envolve a sociedade civil num processo do qual está desligada e não devia estar. O facto de alguns pais – a maioria – não acompanharem a vida escolar é, obviamente, o mais falacioso dos argumentos, em primeiro lugar porque isso é mau, não bom; e em segundo porque os pais que de facto se preocupam não podem ser prejudicados por os outros não o fazerem. Aliás, é significativo que um argumento tão bacoco tenha sido utilizado pelos representantes dos sindicatos.
O resto? Bem, o resto são as normais reacções corporativas que procuram transformar a "participação dos pais no processo de avaliação dos professores" na "avaliação dos professores feita pelos pais". O que espanta não são as reacções corporativas – seria estranho que não existissem (embora seja discutível que tenham razão de existir…). O que espanta é que o conjunto de opiniões que se formam, nomeadamente na blogosfera, seja tão evidentemente influenciado por elas.
Descoberto por acaso, este banco de imagens, sons e sinais do Ministério da Educação e Ciência espanhol, com fins educativos, é extremamente completo e pode constituir um excelente recurso para os educadores.