Sobre a polémica da Feira do Livro tenho apena duas dúvidas: um pequena e uma grande.
Uma pequena dúvida: Porque razão é que a CML se pôs do lado da Leya? Foi apenas por “respeito” por uma grande “empresa” ou foi por algo mais. Foi apenas porque não quis afrontar um major player económico, ou foi por alguma das outras razões que costumam ligar as empresas e a política.
Uma grande dúvida: Que raio leva um empresário como Pais do Amaral a decidir investir nos livros? Nos livros??? Por favor… Os negócios de Pais do Amaral antes eram na televisão!!! Fazia sentido que ele investisse no futebol, na medicina privada, no turismo para a terceira idade, nos telemóveis, etc. Mas… nos livros? Não entendo. Percebo que tem havido alguma recomposição da paisagem da edição no nosso país (a “modernidade” chegou com os livros de Cristiano Ronaldo, Carolina, Bobona e afins) e não percebo porque razão é que os livros não hão-de ser um negócio como qualquer outro. Mas serão mesmo um negócio de futuro? Pelos vistos Pais do Amaral acha que sim e eu continuo convencido que não. Se calhar é por isso que ele é empresário e eu sou assalariado…
Sobre a Feira do Livro propriamente dita, se finalmente se realizar, claro que vou visitar, como todos os anos. Mas vou fazer questão de não ir aos stands do grupo Leya. Por causa da prepotência!